Sem dominar a língua e
tendo chegado junto à crise de 2008, fui obrigada a rever meus planos e tornar
a manter contato com o Brasil com o propósito de voltar antes do prazo que eu
romanticamente havia determinado. Foi aí que nasceram as
cartas zen e os atendimentos on-line, que me permitiram manter o
trabalho e, ao mesmo tempo, continuar usufruindo de Paris.
As cartas zen eu escrevia
semanalmente e nelas mesclavam minhas experiências cotidianas com um tema
filosófico/espiritual/psicanalítico, e assim podia conversar de uma forma mais
próxima com as pessoas. Coloquei
as cartas num blog que fez sucesso – felizmente. Nestas cartas ficam
registrados meus pensamentos. São elaborações do cotidiano que mostram uma
filosofia de vida.
Portanto, nestas cartas eu conto alguns fatos que vivi em Paris enquanto estive por lá e mostro a trilha sonora emocional que os acompanhou, explicando os fatos logo em seguida ou concomitante a eles. Espero, com isso, facilitar ao meu leitor olhar para a própria trilha sonora, ou então adquirir um novo olhar sobre o cotidiano.
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